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VEEDHA | Agosto – Fechamento Mensal

Material preparado pela Veedha Investimentos, uma consultoria formada um time de especialistas preparados para oferecer serviços de assessoria de investimentos e outras soluções financeiras para pessoa física e jurídica.

Os dados são elaborados pela economista chefe da Veedha, Camila Abdelmalack , formada em Economia e com mestrado pelo Insper. Confira:

 

 

 

 

Agosto começou com um aumento histórico da volatilidade nos mercados globais. O pânico de recessão econômica nos Estados Unidos, respaldado em dados mais fracos do mercado de trabalho, atrapalhou a performance dos mercados acionários globais.

Ao longo do mês, dados melhores da economia norte-americana dissiparam o risco de “hard landing”, e os investidores focaram na iminência do corte de juros pelo Federal Reserve a partir de setembro. O mercado projeta corte acumulado de 1 ponto percentual em 2024, encerrando o ano entre 4,25% e 4,50%.

A queda nas taxas das Treasuries – o rendimento de 10 anos caiu de 4,5% em junho para 3,9% em agosto – é positiva para os mercados emergentes e ativos de risco. O Ibovespa avançou 6,54% em agosto, a melhor performance mensal em 2024, com a entrada de fluxos estrangeiros de R$ 9,7 bilhões. Embora tenha ganhado força a discussão de elevação de juros no Brasil, nesse momento a bolsa passou ilesa.

O dólar encerrou o mês cotado a R$ 5,61 contra R$ 5,65 em julho. O contexto de corte de juros nos Estados Unidos desvalorizou o dólar globalmente, beneficiando as moedas emergentes. O real poderia ter valorizado muito mais frente ao dólar, indo para abaixo dos R$5,50, se não fosse o risco fiscal.

Enquanto lá fora o cenário de corte de juros tem se consolidado cada vez mais, por aqui, os membros do Copom endureceram o discurso, sinalizando que o comitê está disposto a aumentar os juros em meio a uma deterioração nas expectativas de inflação. A curva de juros precifica Selic em 11,75% ao fim de 2024 e 12,25% em 2025.

A volatilidade nos mercados globais, que foi baixa no primeiro semestre, vem aumentando significativamente, e deve influenciar os ativos domésticos. Os investidores ficarão atentos à eleição presidencial nos EUA, aos riscos geopolíticos e haverá uma calibração do mercado após a largada do corte de juros pelo Federal Reserve.

Por aqui, com a forte alta do Ibovespa nos últimos dois meses, diante de uma leve revisão para baixo do lucro por ação e expectativas de um ciclo de alta de juros, os investidores estão se questionando até onde essa alta da bolsa pode ir.

A XP Investimentos pondera que embora existam motivos para ser otimista, eles mantêm uma posição mais cautelosa e concentrada em setores que se beneficiam de ciclos de alta de juros, como Financeiro, Elétricas, Saneamento, e Petróleo, Gás e Petroquímicos.

Os juros são a base de precificação dos ativos no mercado financeiro. A expectativa de elevação de juros no Brasil mantém ceticismo com a performance de ativos de risco. A taxa real de juros oferecida para o período de 12 meses à frente se situa próxima de 6,2%, um patamar que oferece boa relação entre risco e retorno nas aplicações de renda fixa.

 

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