A Associação Brasileira de Nozes e Castanhas e Frutas Secas (ABNC) realizou no dia 11 de novembro o 11º Encontro Brasileiro de Nozes, Castanhas e Frutas Secas, sediado na Fiesp, em São Paulo. A edição apresentou novidades, tanto no formato, quanto nos conteúdos apresentados, expandindo o foco das palestras para gerar uma verdadeira imersão no auditório.
Entre as inovações mencionadas, destacam-se o espaço para degustação organizado pela Associação e o Painel Ted a-like, com palestras que carregam o conceito de ideias que merecem ser disseminadas a respeito do setor.
José Eduardo Camargo, presidente da ABNC, agradeceu pelo apoio na montagem do evento e na consolidação do setor e fez uma breve apresentação sobre a Associação e a situação no Brasil.
O presidente da entidade mostrou um mapa com as regiões e suas castanhas e nozes mais produzidas, sendo estas: na Amazônia, a castanha do Brasil; no Nordeste, a castanha de Caju;, no Centro-Oeste, o baru; no centro-sul, a Macadâmia, e no Sul, a pecã.
Camargo também frisou que a ABNC, além de estimular a produção em toda a cadeia, é um agente de conscientização da sustentabilidade e do uso racional da floresta. Olhando para os benefícios alimentares, ele afirmou que é “preciso destacar a parte da qualidade das nozes como um alimento nutritivo, saudável e fitoterápico. Cada vez mais, pesquisas desenvolvidas no INC, coordenadas pelo professor Jorge Salles, pelo mundo, estão demonstrando as qualidades das nozes na fitoterapia. E a gente tem como meta representar legalmente o setor politicamente e trabalhar no desenvolvimento de novas pesquisas.”
Mesmo com uma série de desafios, já que o setor é novo, o presidente da ABNC concluiu dizendo que vai seguir trabalhando para facilitar a participação do Brasil no mercado internacional.
Roberto Betancourt, Diretor do Departamento do Agronegócio da Fiesp foi enfático ao falar da expectativa do Deagro sobre o setor de nozes e castanhas, visto por ele como ‘um dos mais promissores’. “Nós temos grande admiração pelo trabalho do Camargo (presidente da ABNC), e por tudo que ele tem feito em prol da expansão do segmento”, disse.
O representante da Fiesp afirmou ainda como o setor repetidamente se destaca nas recomendações médicas, tornado-se destaque em termos de saúde. “Acredito que o Brasil ainda está começando a conquistar seu espaço, e acho que, com os incentivos corretos, veremos esse setor crescer muito em proporções globais”, finalizou.
Em sequência, Érica Monteiro, engenheira agrônoma e economista, foi ao evento representando o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo, Tirso Meirelles, salientou que há um bom tempo tem acompanhado os estudos voltados para as castanhas e suas propriedades.
“Quando nós pensamos em Estado de São Paulo ou falamos sobre castanhas, não temos como não pensar na macadâmia. Afinal, representamos cerca de 50% da produção nacional. E olhando para a região produtora, a gente tem um destaque ali para a região de Bocaina, o vale do jacaré-pepira.Existe um esforço muito grande ali graças ao clima favorável e aos produtores engajados”, destacou.
Finalizando, Janaina Mainardi, diretora do Senai de alimentos e bebidas, apontou o quão pujante é o setor representado pela ABNC e como a entidade agrega valor aos grãos por meio do empenho de todos os que a formam.
Ela ainda mencionou que o Senai é conhecido pela área educacional, mas também trabalha com o pilar de tecnologia, estimulando a competitividade das indústrias, fato que pode ser observado no trabalho conjunto com a ABNC.